O problema é windows?

Desde o lançamento oficial em 1985, o sistema operativo Windows, tem dominada a cena mundial. Nos seus mais de 35 anos logrou uma penetração em 87,54% dos computadores a nível global e transformou o lendário Bill Gates em um magnate tecnológico, ¿como fez isso? principalmente mediante alianças com fabricantes de hardware (INTEL, HP) que lhe asseguraram o monopólio do sistema operativo desses equipamentos, desde aí, o adoctrinamento foi feito de um jeito natural e quase imperceptível. 

Porém, com a expansão dos smartphones, e o monopólio da Google com o seu próprio sistema operativo Android, o Windows sentiu o impacto pela primeira vez. Aliás, a quantidade de dispositivos da Apple, com seu sistema iOS, vem contribuindo com a tremida do Windows.

Hoje, Microsoft anunciou a chegada de uma nova atualização do sistema, desde o Windows 10 para o 11, que traz mudanças interessantes para os seus usuários. No entanto, ainda sendo de graça, esta atualização joga fora a milhares de usuários que não tem instalado nos seus equipamentos o componente TPM requerido pelo sistema.

Este fato, traz mais uma vez os interrogantes de porque seguimos dando um lugar de privilégio para Windows como sociedades, além das escolhas pessoais. Este módulo TPM, é um módulo de segurança que protege o equipamento de possíveis ataques externos, mas ele é desnecessário nas opções de sistemas livres devido a sua arquitetura. Além disso, se bem esta actualização se apresenta como gratuita, continua sendo privativa e fechada, deixando sem possibilidades de escolha e de participação aos seus usuários.


Hoje, no nível mundial, estima-se que as cotas de mercado dos sistemas operacionais são: 39,13% para Android da Google, 33,1% para Windows da Microsoft e 25,44% para iOS da Apple. Embaixo, com uma cota ainda pequena de 1,51% estão os sistemas desenvolvidos a partir da Linux. Quando se olha nos diferentes dispositivos (tablets, smartphones, computadores) os três primeiros brigam entre si, mas ninguém cai.

O problema então não deveria ser a impossibilidade de atualizar Windows, senão sentir a necessidade de fazê-lo. Com sistemas livres, feitos em comunidades, com menos vírus e protegidos contra ataques, de graça e com novas
atualizações periódicas, ¿por qué seguir pensando no Windows? Antes de descarregar o TPM, melhor pensar que, ao melhor, a chave esteja em empoderar as sociedades para refletir e fazer escolhas conscientes dos seus sistemas e assim, dar juntos uma caminhada na direção da soberania digital.

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